quinta-feira, 26 de maio de 2011

A Contribuição de Taylor e Ford

Linha de Montagem

       A Engenharia de Produção surgiu a mais de um século, visando a racionalidade econômica aplicada aos sistemas de produção. Para que se possa contar um pouco dessa história dois nomes devem ser citados: Frederick Winslow Taylor e Henry Ford. Taylor publicou em 1911o livro "Princípios da Administração Científica", sendo a partir daí reconhecido como precursor da Engenharia de Produção. Ele não era graduado e, no entanto, preocupava-se com os desperdícios que presenciava na siderúrgica onde trabalhava como participante do processo de produção: a Bethlem Steel (e vale a pena ressaltar que a siderurgia era a indústria de ponta, na época, como a Microsoft nos dias atuais).
       Para diminuir os desperdícios de tempo Taylor usou um objeto muito simples: um cronometro! Ele dissecava as atividades de produção em atividades elementares (início, constituintes e final), e media o tempo que cada uma precisava, em seguida, remontava a atividade de produção, minimizando o tempo total para a execução da atividade. Essa ideia mudou completamente a lógica da organização das indústrias e estabeleceu as bases para a construção de uma área de conhecimento chamada de Engenharia Industrial (pelos americanos) ou Engenharia de Produção (pelos ingleses).
       A proposta de Taylor foi colocada em prática por Henry Ford ao dar início a River Rouge, em Detroit, onde produziu o Ford Modelo T. Foi o primeiro a colocar no mercado automóveis em grande volume e baixo preço, atendendo às necessidades dos consumidores.
       Um dos conceitos de base utilizados por Henry Ford foi o da intercambialidade, no qual os automóveis eram produzidos com partes padronizadas e intercambiáveis. Outro conceito utilizado por Ford foi o da linha de montagem. Segundo Afonso Fleury, no livro Introdução à Engenharia de Produção, Ford se inspirou em uma visita que fez a abatedouros. " Depois de abatidos, os bois eram pendurados em ganchos que circulavam por um determinado recinto onde havia diferentes estações de trabalho. Em cada parada, a mesma parte do boi era cortada, ou seja, tratava-se de linhas de desmontagem de bois.Henry Ford inverteu o processo, criando o conceito de linhas de montagem.


"Para desenvolver corretamente a atividade do engenheiro de produção, deve-se entender quem influencia na forma como os sistemas de produção têm de ser projetados, implantados e aperfeiçoados."
Afonso Fleury

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Pará e a Engenharia de Produção




        Nesta semana (16/05 à 20/05) está se passando um grande evento em Belém: o EPAEP (Encontro Paraense de Engenharia de Produção). O evento traz aos alunos da área conhecimentos extras através de palestras, minicursos e visitas técnicas a importantes indústrias do estado.
        Considero o EPAEP um grande orgulho pra nós, que cursamos engenharia de produção aqui no Pará, simplesmente pelo fato de que este evento foi o primeiro a existir, nesta magnitude, nas regiões Norte e Nordeste. É de extrema importância que a região amazônica consiga fazer frente às regiões que possuem maior concentração de indústrias, para que se perceba em todo o país a força, a capacidade, e o potencial que nossa região possui.
        Uma grande prova da capacidade dos nossos engenheiros está na publicação de um excelente livro, o qual foi escrito somente por paraenses. O livro, entitulado " Engenharia de Produção, tópicos e aplicações", teve como coordenadora a Engenheira Renata Melo e Silva de Oliveira, formada pela UEPA. Com uma linguagem bastante atual, o livro aborta temas interessantíssimos como Gestão da Qualidade, Gestão de Cursos, Logística e outros. (Aliás, o livro está disponível para donwload na internet).
        O fato é que nossa região está se destacando, e é preciso que se dê continuidade a isto.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Definição de Engenharia de Produção



Comecemos com um conceito fundamental:
" A Engenharia de Produção trata do projeto, aperfeiçoamento e implantação de sistemas integrados de pessoas, materiais, informações, equipamentos e energia, para a produção de bens e serviços de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais".
        O curso tem como base conhecimentos específicos e habilidades associadas as ciências físicas, matemáticas e sociais.
       Cada tipo de sistema de produção possui sua própria configuração de recursos. Uma empresa industrial ou de serviços, por exemplo, tem pessoas (funcionários, gestores), tem equipamentos (de produção, de computação), tem materiais (para transformação, para embalagem), tem informações (de mercado de trabalho, mercado financeiro, novas tecnologias de produto e de produção), tem energia (vapor, elétrica ...). O desafio do engenheiro de produção é organizar esses setores para que a função produtiva ocorra de acordo com o previsto, produzindo bens e serviços de maneira econômica, respeitando os preceitos éticos e culturais, como mencionado anteriormente.
       Neste ponto, nota-se uma importante diferença entre o engenheiro de produção e os outros engenheiros: as demais especializações da engenharia focalizam fortemente apenas uma das áreas dos sistemas produtivos, enquanto o engenheiro de produção tem de entender como funciona um sistema de produção completo, que utiliza materiais, equipamentos, informações, energia e pessoas.
       Há quem compare o curso de Engenharia de Produção com o curso de administração de empresas pelo fato de que ambos dependem das ciências sociais, já que o engenheiro de produção também lida com pessoas. No entanto, o profissional formado nesta área da engenharia torna-se completo por, além do gerenciamento de empresas e de produção industrial, ser capacitado para atender as nescessidades empresariais e industrias no que diz respeito a tecnologia e informação.
       Outro fator importante, é que o profissonal dessa área deve entender o conceito "econômico" de maneira ampla. Deve-se esquecer a idéia de que economia se trata de produzir ao mínimo custo. Para os engenheiros de produção o custo é uma variável, na qual o grande desafio é produzir com o mínimo refugo, com o mínimo retrabalho, melhorando as condições ambientais e assumindo as responsabilidades sociais, promovendo o desenvolvimento dos trabalhadores , física e mentalmente. É  essa abordagem que vai otimizar o custo a curto prazo e levar ao crescimento sustentado da empresa ou da organização.